segunda-feira, 11 de abril de 2011

Black Metal

Black metal é um subgênero musical que evoluiu do thrash metal no início dos anos 1980 paralelamente ao death metal, um outro gênero do metal extremo. Este novo estilo é extremamente sombrio, cru e agressivo e incorpora em suas letras temas como o satanismo e o paganismo (em particular a mitologia nórdica). Um estilo onde o extremismo pode ser percebido tanto na sonoridade ríspida e crua quanto nas letras: anticristãs, em alguns casos Neo-Nazistas.
Várias bandas de black metal tiveram influências do punk em seu som, tais como Venom, Celtic Frost, Bathory, Sarcófago, Darkthrone, Impaled Nazarene, Mayhem, Hellhammer, Behemoth, entre outras.
Algumas bandas consideradas precursoras do estilo são: Venom, Hellhammer, Bathory, Sodom, Celtic Frost, Bulldozer, Destruction e Mercyful Fate. Algumas das bandas mais influentes no início deste estilo foram: Burzum, Darkthrone, Emperor, Immortal, Sarcófago e Mayhem.

Informações gerais

Origens estilísticas Thrash metal Old School
Contexto cultural Escandinávia e Reino Unido, início de 1980
Instrumentos típicos Bateria, Baixo, Guitarra, Vocal Gutural
Popularidade Underground; várias partes da Escandinávia, América do Sul e Ásia
História


Primordios do black metal
A primeira geração do black metal refere-se às bandas dos anos oitenta que influenciaram a sonoridade e formaram um protótipo para o gênero. As primeiras bandas do estilo possuiam um sonoridade que alternava entre o speed metal e thrash metal.


Venom em show ao vivo.
O termo "black metal" foi cunhado pela banda inglesa Venom cujo o nome foi retirado de seu álbum Black Metal lançado em 1982. Apesar do álbum ser considerado thrash metal pelos padrões modernos, ele tinha muito mais temas e imagens centradas no anti-cristianismo e no satânismo do que qualquer outro que havia na época. Os membros do Venom costumavam adotar pseudônimos, uma prática que se tornou comum entre vários os músicos do black metal.
Outra banda pioneira do black metal foram os suecos do Bathory, liderada por Thomas Forsberg (sob o pseudônimo de Quorthon). O Bathory não só usou temas anti-cristãos como também foi a primeira a usar vocal rasgado em suas músicas, que foi uma forte característica que definiu o black metal que conhecemos hoje. A banda apresentou esse estilo em seus primeiros quatro álbuns, porém no início da década de noventa o Bathory foi pioneiro do estilo que hoje é conhecido como viking metal. Além disso, King Diamond e os membros do Sarcófago teriam sido os primeiros músicos da cena à utilizarem o "corpse paint"
Embora algumas bandas nos anos setenta já tivessem feito referências ao lado obscuro da vida, elas não são consideradas do estilo, porém influenciaram as bandas precursoras gênero. Muitas outras bandas como Bulldozer, Celtic Frost, Hellhammer também são consideradas pioneiras. Alguns consideram que estas bandas precursoras fizeram parte da primeira onda do black metal, sendo que alguns dos álbuns mais significativos desta onda foram: Black Metal do Venom, The Return e Under the Sign of the Black Mark do Bathory, Melissa do Mercyful Fate e Morbid Tales do Celtic Frost.
Diversas bandas desta mesma época (década de 80) como Slayer, Possessed e Destruction abordavam, devido á influência do Venom, temas satânicos em suas letras, embora suas sonoridades fossem bem diferentes do black metal. Estas bandas ajudaram a forjar a base do que viria a ser o black metal moderno que passou a existir de forma mais sólida a partir da segunda onda de black metal.

Início dos anos 90 (segunda geração do black metal)

O estilo teve um grande crescimento no início dos anos 90 com a chamada "segunda onda de Black Metal". O ano de 1991 viu os lançamentos dos primeiros discos dessa leva: Worphip Him do Samael; o EP Passage to Arcturo do Rotting Christ e Oath of the Black Blood do Beherit.
Foi depois desses lançamentos que bandas da Noruega como Burzum, Darkthrone, Emperor, Mayhem e Immortal contribuíram para tornar o black metal moderno conhecido por todo o mundo. Estas bandas mesclavam elementos de heavy metal e música clássica e suas letras falavam de temas pagãos, satânicos, anticristãos e ocultos em geral. Além do aspecto musical as bandas retomaram o uso das pinturas faciais. As pinturas faciais ligadas ao black metal passaram a ser chamadas de pinturas de guerra ("warpaint") ou mais comumente "corpse paint". Alguns dos álbuns mais representativos deste período foram:Fuck Me Jesus do Marduk, Det Som Engang Var e Filosofem do Burzum, A Blaze In The Northern Sky do Darkthrone, Pure Holocaust do Immortal, De Mysteriis Dom Sathanas do Mayhem e In The Nightside Eclipse do Emperor.
Na época de 1991 a 1994 ocorreram na Noruega fatos polêmicos ligados ao estilo black metal como queima de igrejas, assassinatos e violações de túmulos, que indiretamente contribuíram para a divulgação do gênero pelo mundo. Nesta mesma época começam a ser criados inúmeros subgêneros do black metal.
Do final dos anos 90 até hoje (terceira geração do black metal)

Durante os últimos anos da década de 90, o black metal ganhou maior notoriedade na mídia através de bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth (fazendo está última um som muito distante do black metal, mas considerdada como uma, apesar de que os primeiros álbuns da banda são bem black metal), que possuíam uma sonoridade menos ríspida para os padrões vigentes do black metal. Estas bandas logo começaram a ser rotuladas como bandas de black metal melódico ou symphonic black metal, pelo uso intensivo de teclados e elementos de música clássica em suas músicas e começaram a tocar em grandes festivais europeus. Com isso as bandas norueguesas de black metal que tocavam um som mais cru e agressivo também ganharam mais atenção da mídia, não mais por assassinatos e queima de igrejas, mas sim por sua música.
Os EUA têm uma pequena quantidade de bandas de black metal. O movimento americano de black metal é por vezes chamado de USBM. Esse movimento ainda não ganhou uma forma muito clara, mas os grupos mais conhecidos são Absu, Judas Iscariot e Averse Sefira, todos com fortes influências do estilo death metal.
Estas bandas fazem parte da chamada terceira onda de black metal, que contempla o black metal contemporâneo, incluíndo bandas ao redor de todo mundo. Além das citadas anteriormente outras bandas dignas de nota são: Ildjarn e Mütiilation(França).
História e ideário do black metal norueguês

A mais proeminente figura da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem. De muitas maneiras, ele foi o precursor da cena do black metal na Noruega. A cena era profundamente anticristã, e procurava remover o cristianismo e outras religiões não-escandinavas da cultura norueguesa, bem como tudo o mais que afetasse as raízes da Noruega. Isso conduziu à mobilização de algumas pessoas com idéias afins para a inclusão na cena black metal do país. A maior parte deste movimento foi dirigida pelo "Inner Circle", um grupo formado por Aarseth e alguns outros amigos próximos, cuja sede ficava no sótão da loja de discos de Aarseth, chamada de "Helvete" (ou Inferno). Essa loja também servia de estúdio de gravações, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem e de outras bandas de black metal que assinaram com o selo de Aarseth, chamado Deathlike Silence Productions. Ele só assinava contratos com bandas que, segundo suas próprias palavras, "encarnavam o mal em seu estado mais puro".
Durante esse tempo na Noruega diversas igrejas foram queimadas, e o círculo de Aarseth foi acusado desses atos. Negaram, reclamando que o seu objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não deixar que suas origens fossem esquecidas. A mais famosa das igrejas queimadas foi a de "Fantoft Stave", queimada por um membro do "Inner Circle" com ajuda de Varg Vikernes (também conhecido como Count Grishnackh) da banda Burzum. Os entusiastas do black metal também começaram a aterrorizar outras bandas de death metal que tocavam no país e nos países vizinhos.
A cena black metal ganhou uma grande repercussão na mídia quando o vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo "Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpe todo o sangue". Seu corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera e tirou fotografias do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum Dawn of the black hearts, do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous fez colares dos fragmentos do crânio de Ohlin e que ingeriu pedaços de seu cérebro.
O "Inner Circle" foi mais exposto na mídia quando, em 1993, Vikernes assassinou Aarseth em sua casa, o esfaqueando 23 vezes na cabeça e nas costas. Vikernes foi setenciado a 21 anos de prisão e desde então distanciou-se da cena black metal, envolvendo-se com neo-nazismo e escrevendo extensos artigos sobre o tema. Varg Virkenes, em seus artigos recentes, deixa claro que a música do Burzum (sua banda) apesar de ser enquadrada no estilo, não é black metal e não tem nenhuma ligação com o satanismo.
Características musicais
As canções de black metal costumam apresentar uma ou mais das seguintes características:
Utilização de tons menores visando à criação de atmosferas musicais sombrias, frias, obscuras e melancólicas.
Guitarras rápidas usando a técnica de palhetadas em tremolo.
Baixos com uso de pedal de distorção.
Letras de cunho anticristão ou ligadas ao Paganismo, Satanismo, Mitologia e Ocultismo em geral. Existem ainda bandas em que as letras são ligadas ao Niilismo, Anti-Humanismo, algumas até mesmo à Depressão, Suicídio ou doenças mentais. Vale notar que bandas como Deicide, Immolation e Slayer possuem algumas músicas com letras referentes a alguns desses temas, porém estas bandas são consideradas respectivamente bandas de Death Metal (Deicide e Immolation) e Thrash Metal (Slayer).
Bateria rápida e agressiva, geralmente usando a técnica de "blast beats". A bateria também pode assumir uma sonoridade mais seca e vagarosa de forma a criar diferentes atmosferas para a canção.
Os vocais geralmente são guturais e agudos, mas existem muitas bandas que utilizam estilos vocais bastante variados, ainda sempre "rasgados".
Utilização ocasional de teclados, Harpas, violinos, órgãos e coros são relativamente comuns, proporcionando à música uma sonoridade de orquestra. As bandas que se utilizam de teclados ou instrumentos sinfônicos são consideradas bandas de Symphonic Black Metal.
Produção musical limitada e gravação de álbuns com baixa fidelidade. Este expediente é utilizado intencionalmente como uma afirmação contra a canção "mainstream" ou para criar atmosferas diferentes na canção. Este efeito de "subprodução" é obtido cortando-se as freqüências mais altas e as mais baixas, deixando apenas as freqüências médias. Poucas bandas pioneiras do estilo ainda se utilizam de tal recurso, pois sua produção musical limitada era causada principalmente por seus baixos orçamentos.

Outras características

Uma característica notória do estilo é a utilização do "corpse paint", que é uma pintura facial (geralmente em preto e branco) que proporciona à pessoa uma aparência de cadáver em decomposição (corpse, em inglês). A banda Immortal referia-se à sua pintura como uma pintura de guerra com significado diverso do "corpse paint".
Utilização de pseudônimos satânicos/obscuros ou não. Os pseudônimos são herança das tribos guerreiras do passado, onde eram usados pseudônimos com o objetivo de amedrontar os integrantes das tribos inimigas. A utilização de pseudônimos no Black Metal foi iniciada pelo Venom, cuja formação original consistia de Cronos, Mantas e Abbadon. Outros exemplos são: Quorthon (Bathory), Nocturno Culto (Darkthrone), Ihsahn (Emperor), Abbath (Immortal), Euronymous (Mayhem), Shagrath (Dimmu Borgir).
Subgêneros
O black metal é conhecido por possuir inúmeros subgêneros. Há grande rivalidade entre os adeptos de alguns subgêneros do black metal. Os principais sub-gêneros do estão listados abaixo:
Blackened death metal: Este subgênero se caracteriza basicamente por ter uma sonoridade de death metal e vocais e letras de black metal.
Algumas bandas: Behemoth, Belphegor, Sarcofago, Zyklon
Black metal melódico: Black metal com uso intensivo de riffs de guitarra mais melódicas.
Algumas bandas: Catamenia, Naglfar, Woods of Ypres.
Black metal nacional-socialista: A diferença deste subgênero para o black metal é apenas quanto às letras, que falam sobre ódio, paganismo, ideais nacional-socialistas, racismo e orgulho da nação de origem.
Algumas bandas: Aryan Terrorism, Temnozor e Nokturnal Mortum.
Symphonic black metal: Black metal com a adição de elementos sinfônicos eruditos.
Algumas bandas: Borknagar, Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Emperor, Arcturus, Old Man's Child, Theatre Des Vampires.
Viking black metal: Black metal com letras falando sobre vikings, bárbaros, mitologia nórdica e natureza.
Algumas bandas: Bathory, Vintersorg, Enslaved e Moonsorrow.
Depressive black metal: Black metal com temas abordando a depressão, descontentamento para com a vida, suicídio e misantropia.
Algumas bandas: Xasthur, Lifelover , Thy Light, Nocturnal Depression, Nyktalgia, Abyssic Hate e Shining
Unblack Metal:Black metal com temas cristãos.
Algumas bandas:Horde,Antestor,Frost Like Ashes,Elgibbor,Crimson Moonlight

Alguns discos importantes do estilo
Os álbuns abaixo são considerados pela crítica como clássicos do estilo:
Amen Corner – Fall Ascension Domination
Bathory – Bathory, The Return, Under the Sign of the Black Mark e Blood, Fire, Death
Burzum – Burzum, Aske, Hvis Lyset Tar Oss , Filosofem
Celtic Frost – Morbid Tales, To Mega Therion e Into the Pandemonium
Darkthrone – A Blaze in the Northern Sky, Under a Funeral Moon, Transilvanian Hunger
Dissection – Storm of the Light's Bane e Reinkaos
Emperor – In the Night Side Eclipse
Gorgoroth – Pentagram, Antichrist e Ad Majorem Sathanas Gloriam
Hellhammer – Apocalyptic Raids
Immortal – Diabolical Fullmoon Mysticism e Pure Holocaust
Marduk – Panzer Division Marduk e World Funeral
Mayhem – Deathcrush,Live In Leipzig e De Mysteriis Dom Sathanas
Mystifier – Wicca e Goétia
Sarcófago – I.N.R.I., Rotting e The Laws of Scourge
Venom – Welcome to Hell e Black Metal

BANDAS

1349 (banda)

Absu
Aes Dana
Ancient
Aradia (banda)
Arckanum
Arcturus (banda)
Aryan Terrorism
Astarte (banda)
Aura Noir
Averse Sefira
Axamenta
Axis of Advance

Baalberith (banda)
Barathrum
Bathory (banda)
Behemoth (banda)
Belenos
Bestial Mockery
Bestial Warlust
Black Funeral
Blasphemy
Borknagar
Bulldozer
Burzum

Cadaveria
Carpathian Forest
Carpathian Full Moon
Carpe Tenebrum
Celtic Frost
ColdBlooded
Crimson Moonlight
Crionics

Daemonarch
D (continuação)
Dark Funeral
Darkest Hate Warfront
Darkthrone
Deicide
Demoniac
DevilDriver
Dies Irae (banda romena)
Drowned

Enslaved
Enthroned
Eternal Malediction

Fragments of Unbecoming

Goatwhore
Gorgoroth
Graveland

Hellhammer

Ildjarn
Immortal
Impaled Nazarene
In Battle
Isengard (banda da Noruega)

Judas Iscariot

Kartikeya
Keserv

Lord Belial
Lucifugum
Ludicra

Malleus
Marduk (banda)
Master's Hammer
Mayhem
Melechesh
Moonsorrow
Moonspell
Murder Rape

Mütiilation
Mysteriis

Naglfar
Nargaroth
Necrobutcher
Nocturnal Depression

Ocultan
Old Man's Child

Revenge
Rotting Christ

Salem (banda)
Samael (banda)
Sarcófago (banda)
Satyricon (banda)
Sear Bliss
Setherial
Siebenbürgen
SiriuS
Summoning
Susperia

Temnozor
The Abyss (banda)
The Furor
The Meads of Asphodel

Ulver
Unearthly

Vanitas (banda)
Venom (banda)
Vreid
Vulcano (banda)

Watain
Windir

Xasthur

Zyklon




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